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Jun 09

A Ciência torna-se realmente o tudo! No Renascimento a arte e ciência deixaram de concentrar-se no estudo de Deus para se concentrarem no conhecimento do Homem. Para conhecer a forma perfeita do seu corpo, muitos artistas dissecavam cadáveres e efectuavam minuciosos estudos anatómicos a fim de reproduzir com fidelidade os membros, músculos, expressões faciais…

A dissecação, apesar de na época ser proibida pela Igreja, era necessária porque a ciência se baseava na experimentação. Muitos ousaram analisar o corpo humano, criando mapas das veias, artérias, sistema nervoso e circulatório, mas a sua curiosidade tinha um preço, acabando por ser condenados à fogueira.

No entanto, a olho nu não éramos capazes de desvendar todos os mistérios, assim ao combinar o efeito de lupas, lentes e cristais, o Homem criou o microscópio, o instrumento que nos levou ao interior das células.

Hoje em dia a Medicina está de tal forma avançada que permite realizar coisas impensáveis. Teria alguma vez o Homem imaginado substituir um dos seus órgãos ou algum dos seus membros? A perspectiva de salvar vidas através da colocação de partículas biónicas no ser humano, como um coração ou a reconhecida mão são factos que engrandecem a nossa espécie e nos mostram a nossa incomensurável capacidade criativa.

A grande luta na área da saúde sempre foi o factor doença. Actualmente, com a administração de antibióticos e vacinas, muitas delas, que outrora espalhavam a morte e o medo, tornaram-se inofensivas. Actualmente trabalha-se, por exemplo, para se conseguir produzir vacinas comestíveis incorporadas em órgãos vegetais manipulados geneticamente, o que poderá tornar as vacinas mais baratas e seguras.

Já que foi referida a capacidade incrível que o ser humano conquistou de interferir em partículas aparentemente invisíveis, alterando a informação genética, é importante focar a curiosidade humana inerente a todas as descobertas.

Para descobrir como certas características se mantinham de geração em geração um monge (Gregor Mendel) realizou experiências com ervilheiras. Mais tarde, outros estudiosos acabaram por desenrolar uma molécula – o DNA. Actualmente este e outros termos já fazem parte do nosso quotidiano como genes, manipulação genética, alimentos transgénicos, eugenia, clonagem, anomalias hereditárias… A Genética abre-nos as portas ao conhecimento. Que mais existirá nos recônditos do próprio ser? O que nos ensinará uma célula, uma molécula, um átomo num futuro próximo?

 

 

 

O conhecimento humano não se deixa ficar pelo seu corpo.

Desde que iniciou o seu povoamento na Terra, o Homem deixou-se guiar pelos astros, pelo Sol e pela Lua. Dispensava momentos intermináveis a observar o brilho das estrelas e as mudanças lunares, a divagar na procura de explicação para a movimentação do Sol…Foi elaborando teorias, deixando-se levar pelo ambiente de mistério e pela incomensurável curiosidade que o Céu lhe despertava.

Graças ao desenvolver da ciência e da técnica, construímos instrumentos complexos para descobrirmos marcas da origem do Universo e daquilo que nele existe. Descobriram-se estrelas, cometas, asteróides, muitos outros planetas, o Sistema Solar, galáxias… O Homem embrenhava-se no infinito, no Universo!

À medida que o conhecimento daquilo que nos transcende ia aumentando, uma vontade crescia no Homem: pisar o seu satélite natural – a Lua, descobrir novas formas de vida fora da Terra e procurar o início, a origem.

O “pequeno passo para o Homem mas grande para a Humanidade” chegou em Julho de 1969 pela nave Apolo 11. De dia para dia o ser humano ia quebrando os seus próprios limites, ia crescendo em si a ideia de imponência e superioridade.

A conquista do espaço, apesar de dispendioso e incerta, continua a inundar inúmeros corações humanos que sonham conhecer outros seres e colonizar outros lugares, vaguear pelo indeterminável e alcançar as estrelas!

Pelo menos a história ensinou-nos que não somos tão únicos e irrepetíveis como pensamos, apenas vulgares. Já acreditamos que éramos o centro do Cosmos, agora temos noção que nada somos mais que um ponto minúsculo algures numa Galáxia! Apenas corpos atraídos ao seu planeta e que o acompanham nos seus movimentos… tudo devido à existência de forças gravíticas, devido ao aparecimento de um Homem que se questionou sobre um acontecimento banal: Isaac Newton. Sentado sob uma árvore, algo lhe cai sobre a cabeça, uma maçã…por que motivo os corpos caíam para o solo e não noutra direcção? Este mostrou-nos o poder da pesquisa e do esforço, a curiosidade do Homem na procura de ciência e para compreender o que o rodeia, edificando o saber e incentivando o outro a procurar, a querer e a tentar.

 

São incontáveis as aplicações que derivam da descoberta científica que acabaram por modificar as nossas rotinas e a nossa própria existência.

Já dizia Thomas Edison: “Primeiro averiguo o que as pessoas precisam. Depois, trato de inventá-lo” - isto é o objectivo de toda a pesquisa e inovação científica, colocar o aumento do conhecimento e satisfação pessoal aos pés das necessidades da sociedade.

A lâmpada, o telefone, a imprensa, o comboio, a rádio, o avião, a televisão, a World Wide Web…esta evolução tecnológica provocou mudanças nas formas de trabalho e relacionamento, tornando mais cómoda a vida humana. Catástrofes, guerras, eventos musicais e desportivos podem ser conhecidos simultaneamente por inúmeras pessoas e pelas mais diversas culturas. Se há milhares de anos os grupos tribais se reuniam à vota da fogueira, observando o fogo, o homem contemporâneo reúne-se à frente dos meios de comunicação, da ciência que criou.

 


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